Projeto de lei causa racha em associação da TV paga

Quatro grandes programadores estrangeiros de canais de TV por assinatura –Fox, Discovery, HBO e Viacom– desligaram-se da ABTA (Associação Brasileira de Televisão por Assinatura) depois que a entidade mudou de posição e passou a defender o projeto de lei 116, que abre o mercado de TV a cabo às companhias telefônicas.

O projeto cria um sistema de cotas para a exibição de conteúdos produzidos no Brasil –os programadores estrangeiros são radicalmente contrários a elas.

Um terço dos canais de filmes e séries oferecidos nos pacotes, segundo o projeto, terá de ser brasileiro. Além disso, o projeto obriga os canais estrangeiros a exibir três horas e meia semanais de conteúdo brasileiro.

A ABTA esteve alinhada aos estrangeiros contra o projeto, até que em novembro a Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) abriu caminho para as teles oferecerem TV a cabo, mesmo sem o projeto aprovado.

A agência decidiu que não haverá mais licitações públicas para a venda de licenças de TV a cabo e que elas serão distribuídas, de forma ilimitada, por R$ 9.000.

Além disso, autorizou a mudança nos contratos de concessão das teles para retirar a cláusula que as proíbe de oferecer TV a cabo em suas áreas de concessão de telefonia fixa.

Fonte: FolhaOnline

Comentários

9 comentários | Deixe seu comentário

| 9 de janeiro de 2011 às 22:58

Está certo os canais sairem, eles não deveriam ser obrigados a ter mais de três horas de programação Brasileira, a gente já paga caro para ter os canais, e queremos ter conteúdo bom, a vamos ter sinceridade, quase nenhum filme brasileiro é bom, então eles não deveriam ser obrigados.

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| 10 de janeiro de 2011 às 21:31

Se isso entrar em vigor, só vai criar raiva e repulsa dos brasileiros pelos filmes nacionais. Nossa produçao é pequena! Imagine repetir o mesmo filme 5 vezes por mes???
.
Fora que existem canais naonde nem se fala portugues, nem ingles, nem tem legenda, voltado para extrangeiros (ou pessoas q querem aprender o idioma e uma nova cultura). Essa lei ARRUINARIA muitos canais… Que ja nem andam tao bons assim mais, por sinal.

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| 11 de janeiro de 2011 às 16:12

Eu também discordo dessa cota. Se quer programação nacional, vá assistir tv aberta que é gratuita. E eu também fico pensando canais que tem o objetivo justamente de transmitir programas estrangeiros (do tipo ‘100% filmes franceses, etc…) Por que também não fazem um debate público disso? ou isso não interessa a população? Ainda bem que (ainda) temos a internet pra amenizar um pouco.

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| 3 de março de 2011 às 8:11

Querem por que querem, nacionalizar a TV Paga. Agora, eu estou decepcionado com a ABTA por apoiar essa nova tentativa de impor conteúdo nacional na TV Paga.

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| 29 de março de 2011 às 13:48

Já vi que todos aqui são contra esta burrada! Como o Rodrigo Faria já comentou: VIVA A INTERNET!

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| 12 de abril de 2011 às 16:34

3 horas e meia semanais da meia hora diária que por sua vez pode ser dividido em 6 mini programas de 5 minutos, talvez uma introdução a um assunto ou uma rápida conferida em algo a ver com o canal que esteja rolando, besteira ir contra a algo tão simples… Parece besteira ao telespectador leigo, mas aos trabalhadores da área é muito importante este espaço, mas mais importante do que em termos de mercado, é importante em termos de cultura, infelizmente a TV paga não exibe necessariamente o que queremos ver, e sim o que eles querem que vejamos. Não estão preocupados com qualidade e sim com custo operacional, estou cansado de ver documentários sobre um assunto sob a ótica de um povo especifico, infelizmente a TV paga é predominantemente ocupada pela produção cultural de um único país, o problema não é o país em questão, mas a falta de pluralidáde, porque mesmo programas que abordam outras culturas, abordam na ótica deste país, se é impossivel ter uma ótica universalista, que pelo menos tenham mais programas com a minha ótica regional e não uma ótica regional de uma cultura que pouco me identifico, não que não ache importante e valida esta ótica, mas não como ótica única, pra mim, a Tv idela, seria uma que nos oferecesse pluralidade de conteudos advindos de todos os pontos possíveis do globo com enfase em nossa produção sim, se hoje nossa produção é fraca é porque falta espaço pra ela se sofisticalizar, e isto só vem através de demanda de produção. Cada dia vejo menos produçõe da BBC, que é exelencia comprovada, pouquissimas produções europeias e australçianas chegam ao país, Japonesas estãpo cada dia mais raras embora tenhamos uma grande parcela da população não descendente de japoneses que apreciam este tipo de material, algusn programas pontuais da america latina, nada da áfrica, nada do resto da ásia, no máximo alguns filmes. Claro que a produção Amrericana é a mais rica e produtiva, e é claroo que ela sempre terá um espaço enorme em nossas TVs, mas não pode ser este monopólio de pacotes, onde um determinado filme passa em todos os canais. Onde esta a variedade de opções? O pacote conta mais do que a qualidade de programação, e em uma realidade como esta, acabo sendo favorável a esta norma de programação nacional na TV paga sim, infelizmente os canais jamais tomariam esta iniciativa por eles mesmos…

É natural que estes canais se adequem a nosso país, o que não é natural, é que conheçamos mas a cultura de fora do que a nossa.

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| 12 de abril de 2011 às 18:32

Acho que se uma pessoa quer assistir programas brasileiros ela simplesmente liga sua televisão num canal aberto. Sou usuária de tv por assinatura justamente porque não gosto das novelas, filmes e programas brasileiros. Incluir essa programação nos canais pagos não faria nenhum sentido. Se os canais quisessem colocar uma programação brasileira já o teriam feito.

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| 15 de abril de 2011 às 8:51

Alguém aqui assiste 24 horas de TV Paga? E consegue ver todos os canais ao mesmo tempo? Parem e pensem um segundo, 30 minutos diários não é nada, não vai mudar quase nada, pior é a mais de uma hora diária de propaganda no horário entre 9 e 10 da manhá em muitos canais, isto sim deveria ser reclamado, agora ter 3 horas e meio semanais que pode ser um filme de duas horas e 3 episódios de seriado produzido no Brasil (a HBO mesmo tem vários, Mandraque, Alice, Mulher de Fases, a Fox tem o 9mm São Paulo com duas temporadas), para o consumidor de TV paga não muda quase nada, estão reclamando antes de pensar no assunto, estão afirmando que nada que se produz no Brasil em audio-visual presta, como se tudo que fosse de fora fosse melhor, sendo que existe uma montanha de programas ruins na TV a cabo, que não expressão cultura nem arte, assim como temos o direito de trocar de canal para um programa ruim destes, nós consumidores de TV também vamos poder ignorar os programas brasileiros que não nos agradam. O Cartoon Network por exemplo já exibe Turma Da Monica com sucesso e já ultrapassa esta cota mínima sem criar nenhum problema na grade, pelo contrário. uma semana tem 168 horas, se tirarmos as 3:30 horas de programação nacional (que pode ser apenas uma introdução de 5 minutos para a próxima atração, ou cobrir algum evento que tem a ver com o perfil do canal exibido em drops de 2,30 minutos. No AXN eles passam pelo menos 7 horas semanais de polyshop e mais 7 de leilão de Joias, são 14 horas semanais de programação que não faz o menor sentido para o canal, e estão reclamando de 3,30 de programação que pode ser boa se o canal se esforçar. Acho que falta base para estas reclamações, porque falta haver um mínimo de reflexão sobre o assunto. Investindo no áudio-visual, o fará se desenvolver. Impossivel não ter nunhum filme que agrade, nmenhum programa nacional, falar que as séries que a Globo por exemplo produz para o horário após as novelas, são todas em absoluto piores que todas as série de Boomerang por exemplo. Reclamam de novelas, mas o foco não é que o cabo exiba novelas, mesmo assim, Isa TKM é uma novela extrengeira que fez um enorme sucesso na TV paga, assim como Rebeldes, agora só falta falar que o Brasil também não sabe fazer novelas e que as novelas venezuelanas e mexicanas são melhores que as brasileiras. Agora na questão onde 1 em cada 3 canais de filmes e seriados sejam de programação exclusiva brasileira ou ficado na brasileira é simplesmente inviável, não existe material audio-visual de interesse do espectador suficiente para um percentual tão elevado, porque um canal requer investimento e não sei se 7 canais Brasil teria publico suficiente para justificar um investimento em programação de qualidade porque iria dividir demais o público. Lembro que tive por algum tempo um canal chamado canal do Cinema Brasileiro, e eles passavam durante todo o dia os mesmo 4 ou 5 filmes…. É simplesmente inviável esta proposta, pelo menos nesta percentagem sugerida, 1 em 3 é simplesmente inviável, mas 3:30hs semanais é muito rasoavel e os canais já estão quase todos prontos para isto e não precisariam de muito investimento para se adequarem.

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| 15 de abril de 2011 às 11:35

Estava contando os canais que tenho em minha programação, e eles ultrapassam o um terço de canais nacionais sem contar os canais abertos. |Sim, se contar os canais legislativos e os regionais e religiosos todos que só passam Shop Tour (que incentivo ao áudio-visual em!) já passam da cota de 1 pra 3 sim. conte 55 canais variados “extrangeiros” e 33 nacionais (fora os 7 abertos). Do jeito que está já está adequado, não necessitando quaisquer alteração futuro, só de adequando agora as 3:30hs semanais. O povo tá reclamando de uma realidade que já é vivida por nós. Na prática nada ou muito pouco muda…

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